Pois é galera. Eu, Edu, Léo e o Guilherme acabamos de chegar da terra do nosso amigo Synval, onde rolou ontem a "Última do Ano", um tradicional trilhão de confraternização do pessoal de Ubá e região. Pra quer quiser conferir, foi aberto um tópico só pro assunto.
Mas por hora é melhor voltar ao assunto: a CRF230.
É nóis na CRF!!!
O Miguel, um dos co-organizadores do evento, dono da Moto Braga, acabou de comprar um exemplar do brinquedo e, sabendo da fissura em experimentá-la, nos brindou com um test-drive já no sábado, véspera do trilhão.
A primeira impressão é com relação ao tamanho da moto. Ela é curta e, principalmente, muito estreita. Acho que esse desenho "mignon" é o motivo pelo qual muitos dos que apenas viram a moto falarem mal do brinquedo. Realmente no aspecto porte ela está mais pra XR200 do que pra Tornado. Mas é só subir na moto para que as semelhança com aquela primeira desapareça imediatamente.
Uma vez ali montado, percebemos que estamos em cima de uma especial. Banco estreito (e duro pacas) invadindo o tanque de plástico tb muito estreito, pedaleiras bem largas, suspensões mais firmes e por aí vai...
A essa altura já estamos doido pra ligar o brinquedo. Quando isso acontece o ronco do motor agrada de cara. Acelerando, mesmo com o câmbio ainda no neutro, já se percebe o funcionamento do carburador mecânico. É enrolar o cabo e o giro subir imediatamente, limpo, sem nenhuma emboladinha sequer.
Mas somente na prática, botando a moto pra andar, é que entendemos mesmo o propósito daquele desenho "slim". A moto é muuuuito maleável. Muito leve na tocada. Basta jogar com o corpo (o que fica muito fácil fazer com aquele banco e pedaleiras) pra ir mudando a direção. A moto por ser tão "na mão" permite que corrijamos facilmente a maioria daqueles erros bobos. O certo é que bastam 5 minutos pra estarmos familiarizados com a CRF. Até mesmo quanto ao desempenho. Que de parecido com o da XR200 só tem mesmo o aspecto do motor. Ele empurra a moto com bastante sobra. A relação do câmbio é ótima, com as três primeiras marchas bem fortes, que deixam o motor sempre cheio. Comparando com a Tornado do Léo (motor original), a impressão é de que a CRF puxa mais fácil.
No final da contas, não deu pra matar toda a curiosidade sobre a moto (foi mesmo só um tes-drive), mas foi o suficiente pra definir que entre ela e a Tornado a CRF é a moto ideal pro meu (des)nível atual de pilotagem. Ainda mais pensando naqueles sufocos de trilha.
Ps. Antes que eu me esqueça, o destaque negativo da CRF realmente fica para o guidão, muito baixo. Mas nada que um alongador não resolva.
Ps2. Quanto a TTR fiquei sabendo de informações vindas da cúpula da Yamaha que infelizmente no momento não existe plano nenhum de lançar a moto por aqui. Então quem sabe, daqui a uns três anos, quando a Honda estiver nadando de braçada no mercado com a CRF, a Yamaha lance uma moto totalmente off-road...