GELOUS escreveu:Paulo, 1h de rolé pra 2 segundos de "relato"?
Conta o trem direito aí!
Então Gelous, pra mim faltam parâmetros de comparação. Meu repertório de especiais é curtíssimo, e essa é a única moto especial injetada que eu pilotei...
Sobra força, não se rodopia por acelerar rápido. Ah grande coisa, que mais se poderia esperar de uma 450 injetada com mapa "de chuva"? Mas eu só conheço essa, pra mim foi uma novidade interessante.
Vai lá um relato mais detalhado.
A turma parou descansar, eu dei uma alongada pela estrada de terra fofa. É fácil acelerar na reta até o ponto onde a roda traseira começa a patinar, não deu medo de rodar. *Eu* não faria igual com uma 450 carburada sem ver o chão.
Cortei um trecho por um campo sem trilha, bastante irregular. Ela é mais macia que a minha KTM, pulou menos que quando faço igual com ela.
Subi numas pedras e desci pelo lado que tinha degrauzão. O baque da dianteira no chão foi muito, mas muito suave. Da primeira vez que fiz isso com a Kati (2001/2) fiquei impressionado, com a Sherco (2011) fiquei mais ainda. Meu parâmetro era a Tornado.
Brinquei de frear forte. Foi fácil.
Voltando pro grupo, andamos num trilho estreito. Aí não vi vantagem. Pelo contrário, senti falta da altura e do quadro mais estreito da minha Kati. Altura é regulagem, que a Sherco é um pouco mais larga é fato.
Fomos pra pistinha de XC de São Roque. A entrada é ladeada por um baita morro que dos 10 que estávamos, 5 preferiram não experimentar. Desci com a Sherco devagar, sem derrapar, suspensão engolindo o relevo confortavelmente. Fui sozinho no trecho enlameado da pista e fiquei preso. Tirei muito fácil, a moto é leve. Andei mais um pouco na pista (1a vez que fui lá) sem abusar, chamou a atenção a sobra de torque nas subidas. Aí voltei pra onde estava o grupo. Subi o baita morrão. Não tive coragem de mandar a mão. Sentei no tanque e fui acelerando devagar. Me impressionou que só precisei tentear a embreagem para evitar que a traseira patinasse muito, o motor não ameaçou apagar apesar da 2a marcha inadequada para aquela condição. Cheguei lá encima e o Juca "Pôxa põe primeira, assim vc maltrata a menina".
Cutuquei o Tomaz pra ele experimentar. Desceu devagar e subiu mandando a mão, roda dianteira a um palmo do chão. Gostou. Mérito do piloto, mas o Junior que estava de KX250F carburada fez igual meia dúzia de vezes sem titubear. Ou seja, pra subir assim não precisa de 450 nem de injeção, só de piloto.
O Ricardo assumiu a Sherco e entrou meio rápido pra descer. Se arrependeu, não sei se a 450X dele permitiria um controle melhor, mas ele desceu de lado com a Sherco, a turma já estava olhando de mão na cabeça. Aí pra subir veio devagar em 2a até onde deu, chamou primeira na metade sem roiar, parecia que nem era subidão. Chegou elogiando o motor. Acho que a 450X teria exigido uma tocada mais forte, por isso ele se impressionou com a suavidade da Sherco injetada.
Deu pra imaginar melhor?
[]s,
Paulo