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2020 Itália – Mantova – 10ª etapa – MXGP Cidade de Mantova

Romain Febvre fatura primeira vitória do ano. Tim Gajser segura liderança da MXGP.

Está chegando ao fim a reta final de seis GPs seguidos em solo italiano. Nesta quarta-feira (30), aconteceu a 10ª etapa da maratona do Mundial de Motocross. Depois de uma nona etapa conturbada com resultados reajustados e pilotos acidentados, o GP Città di Mantova foi a chance de Jorge Prado encontrar redenção depois da vitória perdida por conta da penalização. Mas novamente, outro líder se reafirmou entre as 450cc…



MXGP

Jorge Prado – o rei das largadas – fez o holeshot da primeira bateria da classe, seguido por Tony Cairoli, Jeremy Seewer e Romain Febvre. Ainda no início, Seewer ultrapassou Cairoli pela vice-liderança e partiu em direção a Prado. Febvre também passou o italiano, mirando a ponta da classe.

Tony Cairoli

Com 19 minutos para o fim da prova, a briga entre os ponteiros esquentou. Menos de 2 segundos separavam os três primeiros, foi quando Cairoli também começou a pegar o mesmo ritmo e se aproximar do pelotão.

Mitch Evans


Mais atrás, Mitch Evans apesar da boa largada e da consistência perdeu o quinto posto para Tim Gajser. E Glenn Coldenhoff travou uma briga contra Clement Desalle pelo sétimo lugar. Desalle ainda foi ultrapassado por Jeremy Van Horeebek e encerrando a prova em novo, à frente de Gautier Paulin – que depois de perder o melhor resultado da temporada no último GP por conta de uma penalização, não conseguiu repetir o desempenho.

A poucas voltas do fim, o top 5 borbulhava, mas sem mudanças. Prado conseguiu administrar a pressão de Seewer, vencendo a prova. Febvre completou o top 3, seguido de Cairoli.

Na segunda bateria, foi Febvre quem saiu na frente, liderando Gajser, Paulin e Seewer. Prado largou mais atrás, mas logo ultrapassou Seewer, assumindo o quarto posto. O piloto da Yamaha ainda se atrapalhou mais, errou e ficou de fora dos dez primeiros. Prado ficou preso entre outros pilotos e largou em nono.

Romain Febvre

Febvre conseguiu controlar toda a prova, com Gajser em segundo e Paulin em terceiro. Paulin ainda tentou ultrapassar Gajser: o francês empurrou Gajser pro terceiro posto, mas o rival da Honda reagiu rapidamente e reassumiu a vice-liderança, para uma volta depois cair e entregar a segunda posição de bandeja para Paulin. Gajser conseguiu completar em terceiro à frente de Cairoli.

Febvre venceu a corrida com quase sete segundos de vantagem sobre Paulin. Fora do pelotão de ponteiros, Coldenhoff passou toda a prova tentando alcança-los, mas encerrou em quinto, seguido de Prado e Mitch Evans respectivamente.
A vitória do GP ficou com Romain Febvre – primeira vitória do piloto na temporada! Jorge Prado subiu ao pódio em segundo e Tim Gajser em terceiro. Pelo campeonato, agora Gajser segue com uma vantagem de cinco pontos sobre Cairoli. Jeremy Seewer é o terceiro com 334 pontos.

Romain Febvre: “Primeira vitória do ano! É incrível, especialmente com o time novo. Na primeira bateria, tive uma boa largada, sai em quarto e passei o Cairoli na primeira volta, mas não consegui ter ritmo. Cometi dois erros, perdi terreno e cheguei a recuperar, mas não o suficiente para ultrapassagem pelas primeiras posições. Na segunda prova, consegui o holeshot e com certeza isso fez a minha vida mais fácil, porque pude escolher minhas linhas e correr mais suavemente. Nos primeiros 20 minutos, o Seewer forçou bastante, depois acho que ele caiu, então fiquei com uma vantagem confortável sobre Paulin e corri praticamente sozinho”.

Jorge Prado

Jorge Prado: “A primeira corrida foi perfeita. Na segunda, tive uma boa largada, fiz tudo certo, mas fiquei preso na primeira curva atrás de outros pilotos que vieram para cima. Então tive que fazer ultrapassagens pelas voltas seguintes, acho que depois de 15 minutos estava em uma boa posição… então eu perdi a frente da moto e tive que recuperar de novo. Estava forçando bastante porque eu ainda sentia que podia fazer uma boa prova até a linha de chegada”.

Tim Gajser

Tim Gajser: “Com certeza, não é um dia ruim quando você termina no pódio, mas ainda não estou completamente feliz com meu desempenho hoje. Na primeira prova, não tive a melhor largada e estava atrás de Cairoli, foi difícil ultrapassá-lo. Estávamos todos na mesma velocidade e terminei em quinto. Na segunda bateria, larguei melhor, atrás do Romain Febvre e estava puxando, tentando a ultrapassagem. Tinha alguns pontos da pista em que eu estava mais rápido que ele, mas daí eu errei e o Paulin me passou. Tentei passar de volta, mas não deu certo. Então me contentei com o terceiro lugar.”

Jago Geerts

Jago Geerts não chegou a fazer o holeshot da primeira bateria, mas ainda no início assumiu a ponta da prova, com Maxime Renaux em segundo e Tom Vialle em terceiro. Não demorou e Geerts caiu, retornando para a briga em sétimo lugar atrás de Ben Watson.

Renaux assumiu a ponta, seguido de Vialle. E Thomas Kjer Olsen entrou no pelotão, pressionando os líderes. Geerts não reencontrou os ponteiros e ficou preso atrás de Watson por bastante tempo, até finalmente conseguir a ultrapassagem e depois partir para cima de Roan Van de Moosdijk. O que Geerts não contava é que sofreria mais outro tombo e não teria mais tempo para recuperar o prejuízo. O piloto da Yamaha terminou a prova em oitavo.

Na ponta, Renaux manteve a liderança até Olsen consegui a ultrapassagem sobre Vialle pela segunda posição a duas voltas do vim. Depois disso, o piloto da Husqvarna literalmente partiu para cima de Renaux – inclusive quase ocasionando a queda de ambos. Renaux cedeu liderança e Olsen venceu a prova. Vialle encerrou em terceiro, à frente de Bem Watson e Roan Van de Moosdijk.

Largada MX2

A largada da segunda bateria teve Vialle, Jed Beaton e Van de Moosdijk saindo na frente, enquanto Renaux e Watson caíram logo no início e saíram da última posição. Van de Moosdijk assumiu a vice, empurrando Beaton para trás, e Geerts entrou no pelotão de líderes em quarto e Olsen em quinto, colocando Conrad Mewse em sexto. Beaton revidou sobre Van de Moosdijk, que ainda foi ultrapassado por Geerts.

Mais adiante uma série de erros empurrou Beaton para fora do top 5, cedendo terreno para Geerts e Mewse. A duas voltas do fim, Vialle consolidou a liderança com mais de três segundos de vantagem, enquanto Geerts caiu e retornou em quinto, deixando a segunda posição livre para Olsen. Evitando erros e mantendo o ritmo, Van de Moosdijk conseguiu completar o top 3 à frente de Mewse.

Thomas Kjer Olsen

A vitória da etapa ficou com Thomas Kjer Olsen e Tom Vialle em segundo. Roan Van de Moosdijk retornou para o pódio do Mundial em terceiro. Pelo campeonato, Vialle segura a liderança com 46 pontos de vantagem sobre Geerts.

Thomas Kjer Olsen: “Com certeza, desde que chegamos à Itália, tenho me sentido melhor e é ótimo voltar a ter uma postura agressiva na pilotagem. Esta de volta ao pódio hoje é incrível e ainda diria que tive que batalhar muito por isso, especialmente na segunda prova. Meu físico está bom e é ótimo vencer”.

Tom Vialle: “Hoje não foi tão ruim. Na primeira corrida, eu literalmente perdi a largada, sai da última posição e passei alguns pilotos, cheguei perto. Depois de duas ou três voltas o Geerts caiu, mas não encontrei nenhuma linha para ultrapassar Maxime e nesse meio tempo o Olsen me passou. Na segunda bateria, larguei melhor e liderei toda prova, apesar da pressão do Geerts no início. Mesmo sem cometer erros, precisei manter o foco, ainda tem muitas provas pela frente. E nesta pista é importante manter o foco desde o início, porque a largada é um dos pontos mais importantes aqui”.

Roan Van de Moosdijk

Roan Van de Moosdijk: “Sinto que faz muito tempo desde a última vez que estive no pódio. Minha classificatória foi boa e por isso pude começar de dentro, sabia que se fosse rápido nas largadas, eu estaria seguro. Na primeira corrida, me aproximei rápido da ponta, diminuindo a diferença, mas logo tive câimbras…ainda assim consegui terminar em quinto. Na segunda corrida, dei um gás na largada e sai atrás do Vialle, o segui por algumas voltas. Mas depois me senti cansado, então também perdi posições, consegui encontrar o ritmo depois e terminar em terceiro”.

Fonte: MotoX