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Enzo Lopes segue se destacando nas mídias norte americanas

Enquanto o futuro de Enzo Lopes não se resolve, o brasileiro mais uma vez se tornou destaque nas mídias sociais norte americanas. Dessa vez a entrevista foi ao site norte americano Motocross Action, confira abaixo.

Separamos alguns trechos e perguntas da entrevista realizada, e traduzimos aos fãs espalhados pelo Brasil, confira abaixo.

O brasileiro de apenas 20 anos que na temporada passada integrou a equipe Suzuki JGRMX Factory no ano passado (em sua estréia no Supercross), Lopes terminou em décimo sexto na classificação do campeonato. Nessa temporada, ele conseguiu melhorar uma ótima 5ª colocação na classificação geral, com um melhor resultado sendo uma 6ª colocação no Main Event da 250 East, em Atlanta. Enzo também recuperou de um ombro deslocado em SLC #2, para correr quatro dias depois e terminar em um incrível oitavo lugar.

Quais foram as primeiras notícias a respeito da retomada do Supercross?

Na verdade, voltei de última hora, doze dias antes da primeira corrida em Salt Lake City, eu não queria retornar sem saber se íamos correr ou não, tudo o que se ouvia eram rumores, o primeiro boato que ouvi foi em 15 de maio no Arizona, quando meu gerente de equipe, Brandon Haas, me ligou, então eu só teria duas semanas de treinos no Supercross. No Brasil, não temos Supercross, então eu estava andando de motocross com uma moto original.

Enzo Lopes #66
Foto: Motocross Action

Salt Lake City é o oposto da Carolina do Sul e do Brasil. Sentiu muito a questão da altitude?

É um pouco estranho, com a frequência cardíaca mais alta. Às vezes, você fica sem fôlego, mas depois de quatro a cinco dias, você se acostuma, corri no Mammoth quando era amador em 2017, estava em uma altitude muito maior e me saí muito bem lá, e também corri em Denver na temporada passada.

E sobre a equipe ClubMX? Nos fale um pouco sobre o time.

Somos uma equipe muito pequena, mas sinto que este ano estamos tendo grande progresso. Tivemos bons resultados de corrida comigo, Crown e Hill. Infelizmente, Joey se machucou e Josh também, mas nós adicionamos Josh Osby para terminar a temporada. Nós éramos uma equipe de cinco pessoas que ficaram em Salt Lake City; eu, Josh, gerente de equipe Brandon, e os dois mecânicos. Então, somos apenas uma equipe pequena, mas estamos fazendo um grande trabalho. Estou muito, muito feliz com o andamento das coisas, e a equipe também.

Você gostava de treinar no ClubMX?

O Club MX é incrível, sinto que realmente me mudou, apenas por estar lá treinando com caras mais rápidos. Justin Brayton treina lá, então fomos eu, Hill, Brayton e vários pilotos rápidos. Você precisa se esforçar todos os dias para não ficar para trás. Foi incrível estar na equipe de fábrica no ano passado, mas sinto que este ano tive grandes mudanças no meu treinamento, e isso foi fundamental.

Você comentou a pouco sobre sua passagem pela JGR SUZUKI no último ano. Porém é visível sua evolução nessa temporada, mesmo com uma equipe satélite. Nos fale mais sobre isso.

Foi mais um ano de experiência. O ano passado na JGR foi minha temporada de estréia no supercross, cresci no Brasil, nunca havia disputado um supercross, então pra mim tudo era novo. As corridas, as diferentes pistas, os estádios, tudo parecia tão grandioso, com isso eu acabava ficando bastante nervoso e isso me atrapalhava. Quando cheguei ao Club MX, trabalhei muito na pré temporada, senti que minha confiança era maior. Obviamente, a Suzuki no ano passado foi muito boa , mas essa temporada o Club MX, não mediu esforços para me oferecer uma moto bastante competitiva.

Como se sentiu ao brigar de igual para igual com os pilotos de fábrica?

Foi uma ótima temporada, fui melhorando e em Salt Lake City, me senti muito bem na primeira corrida. Mantive a quinto posição na primeira metade da corrida, em seguida, acabei perdendo rendimento caí para oitavo. A segunda corrida foi a melhor em que eu me senti durante toda a temporada, com velocidade, estava lá com Jeremy Martin e Garrett Marchbanks, infelizmente não tive sorte. O próximo evento foi uma corrida de determinação para mim, você sabe, superando a dor no ombro, então, eu diria que foi uma vitória para mim, mas sim disputar os caras da fábrica é incrível. Como eu disse, sou grato por estar aqui, fazendo o que mais amo.

Após a sua lesão no ombro, que te deixou de fora da etapa em SLC #2, como você voltou as pistas apenas 4 dias após o tombo?

Foi doloroso, algumas pessoas deslocam seus ombros e uma vez recolocadas, tudo bem. Felizmente os médicos colocaram o meu ombro no lugar novamente logo após minha queda. Mas quatro ou cinco horas após o acidente, sentia muita dor, não conseguia nem sentir meu pulso direito, então, no dia seguinte, passei o dia inteiro de repouso, na minha cabeça, senti que não havia como correr. Tínhamos uma banheira de hidromassagem na casa em que estávamos hospedados, então eu entrei lá, continuei fazendo alguns movimentos e comecei a pensar: “Cara, eu tenho chance”. No sábado, ficou um pouco melhor e no sábado à noite, Brandon disse: “Se você puder fazer uma flexão, vamos deixar você correr”, eu só queria tentar e não desistir sem nem tentar. Eu preferiria ter sofrido os 15 minutos da corrida, em vez de sofrer mais tarde, sabendo que eu poderia ter feito isso. Definitivamente, estava doendo, eu fiz uma flexão e quase morri de dor, mas eu fiz.

Enzo sendo atendido logo após a queda onde acabou deslocando seu ombro.
Foto: Motocross Action

Vale lembrar que o brasileiro segue em negociações com algumas equipes de fábrica para a disputa do Motocross. As próximas semanas serão decisivas para o gaúcho, enquanto isso seguimos ansiosos, e esperamos vê lo novamente integrante um time “factory”.

Fonte: Show Radical