Re: Nova Saveiro
Enviado: 01 Outubro 2009 à30 10:21
por caco
parabés murilo......vai postando suas iompressões pra nós....
enquanto isto, vou postar aqui um relato que achei na net e gostei da opinião do cara. aí vai:
cdr2: TEXTO SERÁ INCLUíDO NA CDR ATÉ O FIM DE SEMANA
Picape VW Cabinada... B)
QUOTE
Desde o lançamento, em meados de 1983, a Pick up Saveiro conquistou um lugar que muitos carros esportivos desejaram. Bonita, rápida, divertida , desejada, foi usada por jovens de todas as idades que encontraram nela algo mais que um meio de transporte. Era uma farra pilotar uma Saveiro, em qualquer ambiente. Obviamente a época também ajudava, eram tempos em que, por exemplo, levar pessoas na caçamba era aceitável, e depois de fama feita, " tomar uma lenha" de uma Saveirinho encapetada não era demérito para ninguém. Claro que nem tudo é eterno e os anos se encarregaram de trazer novas necessidades e outros modelos passaram a cumprir melhor as tarefas.
A Nova Saveiro 2010 , especialmente em sua versão Cabine estendida Trooper, vem exatamente com aquela pitada de veneno de antantes: agora são bitolas bem largas, pneuzões, desenho e adereços da carroceria simples mas agressivos. Parece mesmo pronta para te levar para as práticas e locais mais divertidos , essa lagartixa anabolizada da VW. E é isso que vamos conferir a partir de agora, o COMO ela vai cumprir essa tarefa de nos levar.
Estiloso o carro é. A Trooper arrancou expressões de " gostei" , " olha a Saveiro nova" aos " quanto custa" , desde o posto da gasolina até estacionamento e lugares por onde passamos em baixa velocidade. Chamou mais atenção que o Punto T-Jet...
Entrei na Trooper branca e ao regular banco e volante, já constatamos que o banco conta " com aquele formidável" ajuste em altura da VW, que requer novo ajuste da inclinação do banco a cada mexida da altura. Aliás, a Volks tem bancos melhores, mas esse da Saveiro não é de todo ruim, apesar de não ser nenhuma poltrona. Reposiciono os retrovisores, quem tem acionamento elétrico, vou nos vidros e já noto novo probleminha: os vidros sobem e descem com a velocidade de um Bugatti Veyron, é quase impossível uma pessoa normal pará-lo com convicção sem ser na posição 100% aberta ou fechada. Exceptuam-se os guris jogadores de vídeo games, que vão adorar o novo brinquedo. Também fez minha alegria depois, quando o posicionei certo para uma acompanhante que apanhava do dito cujo, e ela me julgou gentil. Eita nós.
O volante do carro tem controle do sistema de som, em palhetas grandes ao redor do acionamento central da buzina. Deviam ter colocado couro no volante com essa graninha, e deixar acionarmos o som no excelente aparelho MP3/USB que vem no carro. Aliás, o mesmo distribiu o som por uns quatro alto falantes posicionados nas portas e no espaço trazeiro, e se você tiver um daqueles despertadores em casa, desses com rádio-relógio, vai se sentir em casa com a qualidade do som que "invade " o habitáculo da Trooper. Show de bola pros instaladores independentes. Ambos os parasóis tem espelhos , que quanto removida a cobertura aciona luz. Olho no retrovisor e vejo a janelinha na vigia trazeira. Cheia de melhoramentos. Tento alcançá-la, mas de cinto atado nem chego perto, é tarefa inglória e restrita ao ocupante do espaço trazeiro, pois ela fica láááá longe.
O Espaço atrás dos bancos é enorme, tem um patamar que serve como banco e o carro já vem até com tapete no piso
pro ocupante do lugar, onde fica um aviso de proibição de uso. Mas, como vemos nas Stradas CE, TODO mundo vai colocar um banquinho ali , com respectivo cinto de segurança e tudo. Cabem duas crianças , ou um adulto jovem, que fica " meio de esgueio" no local.Mas tem até porta copos...Alinhando o banco do carona com o nosso, fui lá e o reclinei totalmente. Apurei que dá para cochilar/dormir dentro da camionete em eventualidades , ou mesmo outras coisas que VOCÊS imaginam, visto que o Tecno , por convicção, perfaz perfil de homem sério, temente ao rolo de macarrão,essas coisas.
Desço do carro e vou espiar a tampa trazeira, que fica quatro metros e meio depois de iniciado o carro.A tampa, que tem chave, tem um acionamento diferenciado.Nada que um Rolls1932 num tenha tido, mas em se tratando de um VW quase " popular" fica um luxo só. O sisteminha consiste que , uma vez aberta a tampa, ela fica parada semi aberta lá em cima numa posição em que nem molha eventual carga, e ao descermos a tampa , o dispositivo de acionamento elimina praticamente qualquer força para baixar e só lá no fim do curso, já perto da posição aberta, que ela faz uma força para permanecer baixada e assim fica.
Lá na frente, aberto o capô, o motor 1.6 VHT transversal quase esbarra na lataria , mas me garantiram que para troca da Poly-V e mesmo da correia dentada , ferramentas especiais da concessionária efetuam em minutos as operações, sem ter que tirar o motor fora. O filtro de ar fica numa posição meio quente, atrás da bateria, desaconselhando filtro esportivo no lugar, e a Volks fez um CAI , estreito que ele só, que sai dali e vai pegar ar frio lá na frente, bem atrás da grade frontal. Bem perto, o catalisador 2010 ali, colado no cabeçote. Embaixo, tem espaço para o Intercooler. Hã? Intercooler?
No passeio pelo carro imóvel, fica digno de nota as bonitas rodas de ferro 15" pintadas de cor não comum. Rápida observação e as rodas são parrudas mesmo, com boa espessura de chapa , e um desenho leve, talvez mais leve que uma de alumínio no mesmo lugar. Os pneus são enormes 205/60-15 , dignos de trafegar nas crateras da terra de São Jorge e que alongam a relação final do carro em cerca de 4 % em relação aos outros pneus usados pela Nova Saveiro, os 175/70 e 185/65-14. A Volks foi " arrojada" em ir com esses pneuzões, ao invés os 195/55-15 de antantes. Dou uma espiada na marca e modelo do pneu, conheço de tempos esses Pirelli Cinturato P 3000 : para dar um resultado de carcaça semelhante a um bom pneu, eles pedem umas 5 libras extras . Lasco 38 nos quatro e fim de papo. Não se avexem, a VW anuncia lá na tampa do tanque qualquer coisa entre 30 e 43 libras.
Abro a chave canivete com controle de trava alarme e fechamento do carro e vidros( uma só, a outra é só chave física) e insiro na posição de painel on. Tem duplo computador de bordo no painel, de acionamento nas hastes que circundam o volante e se você tiver o tal operador de video games em casa ele logo descobrirá ali também, afora o PC, um sistema extra que verifica se tem algo quebrado no carro e outras funções de auto diagnose. As saídas do ar para o painel frontal são meio altas e meio bolotonas em relação ao Gol G4, por exemplo, que eram mais discretas. Tem também comando para os faróis de milha, conjugado no farol principal e neblinas. A capacidade do velocímetro, e isso dificulta um pouco a leitura imediata, é para 240 km/h... O odômetro indica cerca de 200 km rodados com muita calma, mas já suficientes para o teste sem problemas posteriores como alinhamento de anéis. O silêncio na cabina com o motor em marcha a lenta impressiona, e é bom você consultar o conta giros para ver se o motor está ou não ligado antes de soltar embreagens com o carro engatado. E a Saveiro nem tem feltro sob o capô...
O carro anda muito bem pelas ruas de paralelepídos, com a suspensão traseira derivada do Golf e molas " barriquinha" de Monza 1983 fazendo muito bem sua função. A suspensão dianteira também é nova, com posicionamento interessante da barra estabilizadora. Somando-se à carroceria muito sólida, o carro apresenta um chassis poucas vezes visto por aqui nessa fabricante.
Chego no local do TEST DRIVE, após coletar pelo caminho uma " vítima" que seria testemunha do teste. Lasco o bambu nas primeiras marchas e já lhes digo: podem esquecer essa história das revistas de 0-100 em 12 segundos, ou os 10.5 divulgados pela VW. A Saveiro engole primeira e segunda marchas num ímpeto de empuxo que o dono de um Mille Fire Flex conhece , e hora que jogo a terceira, os pneuzões já cobram a conta. O carro acelera de modo bem letárgico reta acima, e a uns 5.000 giros já pede a quarta marcha. Essa primeira " reta torta" de teste, que costuma ser curta, parece bem longa e dá tempo até para bater um papo com o passageiro. No fim da reta a Saveiro já vem a uns 145 km/h de quarta e preparo para tomar a primeira curva à esquerda. Curva que Marea Turbo completou a 125, então belisco o freio até 130 e já posiciono a Saveiro na curva. Curva? Que Curva? A danada da camionete está cravada no chão e de imediato já colo o pé no fundo do acelerador para as curvas seguintes, ela passa pela primeira à direita sem dar a menor pelota, e o velocimetro vai subindo devagar, entro em outra curva, dessas encardidas já a mais de 140 e nada ainda. No meio da curva me dou ao luxo de tentar soltar a trazeira da Pick Up dando mais ação que o normal na bem calibrada direção hidráulica , e umas pequenas aliviadas de pé e ela nem tchum. Onde 80 % da manada já desgarraria a uns 130, ela está a 145 e nem ameaçou cantar pneu.
Umas duas curvas mais e a Nova Saveiro Trooper confirma um dos mais belos acertos de suspensão em carros Brasileiros recentes. Uma curva seguinte tem um bump, daqueles em que em um Ecospost o frio na barriga é inevitável. Pois entramos na curva e a Saveiro passa incólume pelo bump, denunciando apenas que o amortecedor dianteiro poderia ser um pouco mais duro nos pneuzões pesados da Trooper,mas isso é procurar pêlo em ovo, pois de 175/70 a calibragem estaria correta.
E vamos lá medir a potência do carro . Desenvolvo o carro em quinta marcha , notando que os 4 % de perimetro de pneu a mais pesam no 1,6 VHT e chego na curva que antecede a reta da subida a mais de 150. Antes da curva, vou na embreagem, deixo o giro do motor subir e engreno quarta marcha, que vai ser a marcha usada para medir a potência na subida. Enquanto o carro faz a curva a mais de 150, tento desgarrar o eixo dianteiro, pé cravado em aceleração máxima, e nada de eixo resfolegando pneu no chão, a Saveiro é um dos raros carros em que nenhum ajuste fino é necessário. Camber, cáster, divergência, barras, tenho que tirar o boné para os engenheiros da fábrica que fizeram o ajuste, devem ter sido meses de extremo trabalho e cuidados extras.
Sim, o chassis na Trooper aguenta fácil uns 200 HP, mas nós só estamos com pouco mais de 100 deles e entramos no morro acima a 150, o motor 1,6 VHT sente o drama e chega lá em cima a pouco menos de 145, mostrando que há motores 1,6 flex melhores no mercado, como o da Ford, cuja EcoSport 1,6 sobe ali praticamente na mesma velocidade, apesar do maior peso e maior altura do carro.
Tiro um pouco o pé e engato quinta marcha, reduzo para uns 120, curvo mais tranquilo, dou uma arrumada no som e mostro pro carona a calibragem esperta do acelerador eletrônico do Volks. Os caras fizeram o seguinte : tu vem com o carro a 110/120 de quinta marcha, acelerador relado, e hora que dá pé, a configuração dá ponto de ignição e um punhado de combustível e o carro dá aquela ameaça de pulo gostosa que vai satisfazer 90 % da molecada que vai guiar a Trooper em pistas duplas de velocidade controlada. Só que é só uma ameaça de aceleração. Depois que sobe de uns 120 para uns 124/125 some toda a aceleração útil e você fica com cara de tacho, mesmo com a botina ou um Tênis 44 cravado no pobre pedal do acelerador. A aceleração não se concretiza e se vc quiser repetir a sensação, pode botinar umas 3 vezes seguidas que é divertido mas de resultado inerte. Se quiser alguma aceleração, o negócio é reduzir quarta, socar o pé e iniciar a reza de sua crença.
Freio para o ponto de retorno da pista de testes e a Saveiro está imaculada. Nada cheira queimado, o painel apresenta temperaturas normais , o passageiro , incrível, está falante ainda e sem aquele suor característico que acompanha inevitavelmente os caronas de qualquer test drive. O rádio pega bem a FM , lembro da pequenina antena no teto, bem bonita junto ao tal Santo Antônio de características aerodinâmicas, que tem uma rebarba inferior para tirar o chiado do vento e junto com a capota náutica, contribui para o Cx 0,349877540 da Nova Saveiro. Dia que tiver motorzão a gente apura se o Cx tá correto.
Faço o retorno e noto que entre-eixos comprido e pneus largos cobram um preço no diâmetro de manobra, a Saveiro gasta quase um metro a mais de Asfalto que um Eco Sport para girar e cerca de três palmos mineiros a mais que um Gol de motor longitudinal. Não compromete, mas está dado o recado para vocês que tem guias por perto e garagem em prédios.
A manipulação do câmbio, no sistema transversal da VW , é bem certa , engates rápidos e bem macios, assim como a embreagem, que cumpre sua função sem dar o ar da graça. Só que o acionamento do câmbio, por cabos, é bem impessoal, pasteurizado até , falta muito daquela sensação e daquele clact-clact que quem tem um carro,assim um Opala, de alavanca sobrea caixa , para brincar de vez em quando, sabe o que quero dizer. Não é nada, não é nada , não é nada mesmo, mas falta aquele gostinho da troca de marcha com a mão percebendo o engrenamento do maquinário. E a ré ali do lado da primeira e para cima soa um tanto estranha.
Arranco novamente com o carro e fico de olho no conta giros : a primeira pede água logo depois de 5.500 giros, e a segunda marcha perde aceleração útil antes das 5.300 rpm e a terceira chega nos 5.000 giros como um Alazão após corrida no Jóquei Clube: de língua de fora. Inegavelmente falta aquela elasticidade que o AP Flex 1.6 longitudinal esbanja. Não, de maneira alguma estou dizendo que esse motor VHT de 12/1 de taxa de compressão, com o catalisador colocado ali na saída do coletor de escape, é um lixo total. Quem dera eu julgar que milagres os caras lá da VW estão fazendo para manter esse motor dentro dos limites de emissões, etc e tal. Mas a verdade nua e crua é que o asfalto numa Saveiro de tal naipe de chassis e esportividade à flor da pele tem que devorar o asfalto e não tentar apastelá-lo apenas , como se tivesse uma dentatura meia boca( hã..?) colada com Corega.
Então vou fazer esse parênteses para o motor. Daqui a pouco a gente segue o TEST DRIVE. O motor tem um funcionamento liso em baixas rpm e se mantém assim em alta rpm, desde que sem carga. Com carga a puxar, o motor soa forte dentro do habitáculo, e sabemos que muito dessa ressonância se deve aos silenciosos de hoje em dia, que tem a mínima restrição possível para não somar à do catalisador lá junto quase das válvulas de escape no cabeçote 8 válvulas do bicho. Ocorre que além de tudo isso, o motor tem uma curva de torque que vai razoável até uns 2.500 giros, depois disso tem um buraco sensível, parece motor AP das antigas regulado com ponto 6 graus , e a gente só vai achar potência palpável lá pelos 4.500 rpm e só tem 500 giros para brincar, em 5.000 rpm acaba a festa e os cavalos somem.Tá dito. Com 10 mil reais, um Intercooler e um Turbo, tiram 185/190 Cv desse motor. Mas aí o custo-benefício cai por terra, é preço de T-Jet.
Chego " quente " , acelerando o que o bicho consegue e faço a curva que leva à descida de medição de velocidade, flat out .Pé embaixo. A Trooper curva que é uma beleza, os eixos enormes de bitola de carro de F1 da década de 80 garantindo o petardo e sai da curva crescendo no retrovisor de um Novo Gol 1.0 que também usava a pista de medição. O piloto do Golzinho dá uma espiada e pelo visto está no cacete, se é que carro 1.0 tem isso. Olho pro Gol, uns 5 carros à frente e penso: vou passar voando por ele. Que nada... Láááá quase na metade do descidão que fico porta a porta com ele , e a Trooper , bem nessa hora crítica da gente ultrapassar dando aquele sorriso cínico e aquela sobrancelhada de superioridade pro pobre coitado do " carro menos potente" , a Trooper pede a quinta marcha , que engato e termino a manobra sobre o Gol. " mas ainda tem a curva lá em baixo" -penso.
A Quinta segue embalando a Saveiro, mas amistosamente. Chego no ponto de freada para a curva de alta à esquerda a uns 175 km/h reais ( estou sem o GPS, não me cobrem muita precisão ), o que prova que os 176 a 179 divulgados pela VW para o modelo, no plano, são bem possíveis. Mas demorará um bocado para chegar lá. Mas é agora que vou despachar de vez o atrevido Golzinho 1.0 de 70 e poucos cv que custei a ultrapassar e pouco distanciei. Espiada rápida no passageiro, que se mantinha mais tranquilo que o normal, e freio. Só uma relada no freio. A velocidade cai para 165 e desse modo , tal qual estivesse a bordo de um esportivo nacional de elite, é que vou encarar a curva. Faço o início das tomada da curva de alta com cuidado e analisando bem a aderência da pneuzada. A Trooper entra de modo absolutamente controlado na curva e já no meio dela dou meio acelerador. Vocês precisavam estar dentro do carro comigo para presenciar esse momento sublime : os 4 pneus grudados no chão, e nadica de rolling. Tal qual a lagartixa que mencionei no início do teste. E bem na saída da curva, um rápido " tru-tru-tru" vindo do pneu trazeiro de apoio desperta a curiosidade de meu co-piloto , que pergunta o porque daquele barulho : recebe como resposta que o barulho vem do fato que atingimos o limite e que em vez de dar uma cantadinha, um pneu ainda muito novo , quente e com " pelos" faz é esse barulho. E o Golzinho mil? Sumiu do retrovisor,né... Se viu a Nova Saveiro curvando, foi usando binóculos...
Dou uma breve ligada no A/C e uma gelada no interior. Lá fora estava 27 graus , com sol entre nuvens. Esfriou rápido, mas as saídas de ar são mesmo altas e o acionamento do botão do ar condicionado é num local meio baixo para quem está andando forte, mas o botão giratório do ventilador do ar é bom, mesmo deixando uma sensação de pouca durabilidade do plástico. Com vidros fechados e acelerador em posição de cruzeiro, o silêncio interno é realmente muito bom, mas o abrir dos vidros, que como a porta, são grandes, transforma o som de bordo num miado inteligível.
O Co-piloto do Test Drive de hoje é um gerente de agência com vasta experiência, portanto uma pessoa muito bem esclarecida e obviamente bem curiosa Faço as 3 curvas seguintes,de média velocidade, um pouco acima dos limites da Saveiro, sobrecarregando os eixos , cada hora um, dando comandos de volante e tentando de toda forma transferir peso e desequilibrar o carro, que a tudo suporta.
Na penúltima reta, vou a 140 km/h e entro nos freios pra valer : a Trooper estanca rapidamente, e sem nenhuma tendência a travamento de rodas. Freou pacas e é daqueles carros que dispensam ABS sem maiores dramas. Como já disse acima, está apta a receber 200 hp fáceis sem problemas.
Reduzo quarta marcha, carrego velocidade no carro e pretendo entrar forte na última curva para medir a velocidade na reta final. Digo pro co-piloto que o objetivo é no mínimo passar de 160 km/h no dito local. Consigo quase 150 para a curva e nessa toada entro na curva final. A reta se abre e a pick up,embalada , ainda roda umas uma centena de metros para pedir a quinta marcha. Engatada a quinta, a princípio a Saveiro demora um pouco a ganhar velocidade, mas perto do fim da reta entra na faixa de giro do VHT e dá uma boa crescida, conseguindo 165 km/h. Tá de bom tamanho.
Verifico o Computador de bordo. Fizemos 4,8 km/l de álcool durante o teste. Não muito pior que os 6,7 de média geral nos 230 km rodados do carro. Paro o carro e dou uma checada nos pneus. Apuro um desgaste absolutamente perfeito na banda de rodagem, e todos os pontos de temperatura perfeitos, à excessão da parte central dos dianteiros, que explicava que em vez de 38 libras nos quatro P 3000 largões , pode-se colocar 36 libras na frente e 38 atrás.
Aliás, se você for comprar uma Saveiro, peça o utilíssimo sensor de estacionamento. A visão para trás não é de Uno Mille então o negócio é ficar de olho na quantidade de bipadas enquanto dá ré. Terminou de bipar cada vez mais rápido e virou um bip contínuo? Não, não precisa descer para ver se você já empurrou o pobre do carro de trás : ainda lhe resta pouco mais de um palmo até a heresia de arranhar seu precioso parachoques... :P
Agora é receber algo como o 1.4 16v T da VW e virar lenda como a nova pick up de briga, no asfalto, na terra, na cidade,honrando um nome que tantas histórias já protagonizou. :ninja:
TECNO