O dia que infartei na trilha
Enviado: 09 Julho 2014 à36 16:58
Acho que estou ficando velho mesmo.
Sabe aquela de contador de “causos” ?
Quase sempre é o mais velho que conta, não é ?
Pois é...
Tem aquela do dia que infartei na trilha...
Eu andava há pouco tempo. Tinha 43 anos e andava de DT 180. Minha primeira moto.
Éramos 3 nesse dia. Betinho, Tengo e eu.
Me levaram pra fazer a trilha do Bispo, em Rio Claro.
Hoje sei que é uma trilha que nem eu e nem minha DTzinha tínhamos condição de fazer.
Os dois devem ter pensado: “Vamos dar um cansaço nesse coroa...”
Fizemos o Bispo e almoçamos no Guaraná Quente.
Depois de quase “morrer “ na Trilha do Bispo, de “comer como um frade” no Guaraná Quente e descansar um pouco pegamos um estradão de volta pra casa.
Andamos uns 800 mts e caí. Melhor dizendo, desmaiei e caí. Na reta, sem frear, sem tentar me proteger na queda, nada... caí largado no chão embolado com a moto.
Voltaram correndo no Guaraná Quente e o Gilson, o proprietário do Bar, me levou pro hospital de Bananal de Jipe.
Me ralei todo, fraturei a orbita do lado direito e tenho a sensibilidade do rosto comprometida até hoje.
O Tengo nervoso, o Betinho chorando e eu desmaiado, sangrando pela boca e nariz.
Telefonaram pra minha mulher e avisaram do “probleminha”.
Minha mulher foi à Bananal me buscar no hospital e detalhe: Não lembro de nada. Até hoje só sei onde caí porque me mostraram e só depois fui ver onde é o hospital em Bananal...
Quando chegamos em Barra Mansa bons amigos médicos já estavam de prontidão me esperando num hospital. Porque além de tudo faço controle de câncer e a primeira coisa que vem à cabeça é a ameaça de ter voltado. Me viraram do avesso e graças a Deus não acharam nada além da orbita quebrada e hematomas.
Fiquei uma semana meio abobado. Sem falar coisa com coisa. Em casa.
Um amigo que me visitou, até hoje me sacaneia dizendo que quando me viu falou que eu estava feio igual ao Botafogo e eu respondi: “Que Botafogo? ??”
Meu filho ri dizendo que cheguei em casa falando que ninguém precisava se preocupar porque já estava tudo “legendado”.
Quando trouxeram a moto de volta, eu todo ralado e roxo, peguei a DTzinha, fui empurrando até o posto perto de casa e mandei lavar porque queria dar uma volta.
Depois que voltei ao normal , pai... mãe... esposa... filhos... tios... até sobrinhos além de amigos e pacientes, fizeram pressão pra eu vender a DT 180. Diziam que essa coisa de fazer trilha era muito perigoso, que eu saía e deixava todo mundo preocupado, que eu estava parecendo um velho metido a garotão (Até isso escutei )
Foi o Cardiologista que descobriu que sofri um tal de infarto silencioso.
Infartei andando de moto.
Passei a usar o infarto pra continuar fazendo trilhas. Quando alguém me enchia o saco pra vender a moto eu falava que na verdade a trilha tinha sido a salvação.
Já pensaram se eu tivesse sofrido esse infarto na estrada com a família no carro? ??
Eheheheheh
Sabe aquela de contador de “causos” ?
Quase sempre é o mais velho que conta, não é ?
Pois é...
Tem aquela do dia que infartei na trilha...
Eu andava há pouco tempo. Tinha 43 anos e andava de DT 180. Minha primeira moto.
Éramos 3 nesse dia. Betinho, Tengo e eu.
Me levaram pra fazer a trilha do Bispo, em Rio Claro.
Hoje sei que é uma trilha que nem eu e nem minha DTzinha tínhamos condição de fazer.
Os dois devem ter pensado: “Vamos dar um cansaço nesse coroa...”
Fizemos o Bispo e almoçamos no Guaraná Quente.
Depois de quase “morrer “ na Trilha do Bispo, de “comer como um frade” no Guaraná Quente e descansar um pouco pegamos um estradão de volta pra casa.
Andamos uns 800 mts e caí. Melhor dizendo, desmaiei e caí. Na reta, sem frear, sem tentar me proteger na queda, nada... caí largado no chão embolado com a moto.
Voltaram correndo no Guaraná Quente e o Gilson, o proprietário do Bar, me levou pro hospital de Bananal de Jipe.
Me ralei todo, fraturei a orbita do lado direito e tenho a sensibilidade do rosto comprometida até hoje.
O Tengo nervoso, o Betinho chorando e eu desmaiado, sangrando pela boca e nariz.
Telefonaram pra minha mulher e avisaram do “probleminha”.
Minha mulher foi à Bananal me buscar no hospital e detalhe: Não lembro de nada. Até hoje só sei onde caí porque me mostraram e só depois fui ver onde é o hospital em Bananal...
Quando chegamos em Barra Mansa bons amigos médicos já estavam de prontidão me esperando num hospital. Porque além de tudo faço controle de câncer e a primeira coisa que vem à cabeça é a ameaça de ter voltado. Me viraram do avesso e graças a Deus não acharam nada além da orbita quebrada e hematomas.
Fiquei uma semana meio abobado. Sem falar coisa com coisa. Em casa.
Um amigo que me visitou, até hoje me sacaneia dizendo que quando me viu falou que eu estava feio igual ao Botafogo e eu respondi: “Que Botafogo? ??”
Meu filho ri dizendo que cheguei em casa falando que ninguém precisava se preocupar porque já estava tudo “legendado”.
Quando trouxeram a moto de volta, eu todo ralado e roxo, peguei a DTzinha, fui empurrando até o posto perto de casa e mandei lavar porque queria dar uma volta.
Depois que voltei ao normal , pai... mãe... esposa... filhos... tios... até sobrinhos além de amigos e pacientes, fizeram pressão pra eu vender a DT 180. Diziam que essa coisa de fazer trilha era muito perigoso, que eu saía e deixava todo mundo preocupado, que eu estava parecendo um velho metido a garotão (Até isso escutei )
Foi o Cardiologista que descobriu que sofri um tal de infarto silencioso.
Infartei andando de moto.
Passei a usar o infarto pra continuar fazendo trilhas. Quando alguém me enchia o saco pra vender a moto eu falava que na verdade a trilha tinha sido a salvação.
Já pensaram se eu tivesse sofrido esse infarto na estrada com a família no carro? ??
Eheheheheh
