suspa COMPLETA + freio traseiro da CR 125 na toni
Enviado: 10 Março 2005 à37 13:17
:shock:
Olá amigos do FML!
Antes de tudo eu gostaria de expor o porquê da minha adaptação da minha Tornado. Eu precisava de uma moto multi uso que atendesse todos o requisitos do meu propósito: na qual eu pudesse fazer trilha , MotoCross e que fosse útil no meu dia a dia. Eu moro na fazenda e uso ela para verificar bebedouros, cercas , serviços de gradeação , formas de pasto , salgas de cocho , eventuais idas na cidade , etc...
:idea: Daí eu tinha algumas saídas, que eram as seguintes:
@comprar uma CR ou YZ 125 e continuar com a minha Tornado original. Porém neste caso eu teria um capital investido de $34.000,00 em motos e teria que continuar a fazer trilha de Tornado ;
@comprar uma CRF ou YZF 250, porém acho ela uma moto que tem o custo de manutenção muito alto para o tipo de serviço a ser efetuado . Já imaginou eu ter que pegar ela para ir à rua comprar um parafuso ou ter que entregar ela a um peão para fazer isso? Capital investido 24.000,00;
@continuar com a minha tornado original pulando apenas as rampas pequenas e passando por fora nos duplos, ( ai que mico!!!!) aqui na pista de São Simão...rsrsrsrs....
Surgiu a oportunidade! :twisted: Tinha um amigo vendendo uma CR 125 1991 de procedência. Era uma moto conhecida por nós há mais de dois anos. Eu considero que esta foi uma situação ímpar, pois precisávamos de quatro fatores ao mesmo tempo:
@ uma tornado semi nova;
@uma CR com suspensão boa que fosse velha o suficiente para ser desmanchada;
@um louco para estar disposto a gastar muita grana num projeto sem precedentes;
@um outro louco com conhecimentos de mecânica , e que seja piloto também e que tenha muuuita boa vontade, para encarar os problemas que virião, com certeza, no decorrer do projeto;
Segue abaixo as explicações técnicas redigidas pelo piloto e mecânico Adilson ( tetracampeão da Copa Triangulo MG e terceiro colocado por 2 anos na categoria pró no campeonato Goiano de motocross):
“ Em primeiro lugar, foi necessário adaptar uma base para o rolamento inferior da CR, pois o cano interno da mesa da CR é bem mais grosso (o motivo não precisa nem falar.). Detalhe para a instalação da base tivemos que fazer um gabarito para a perfeita centragem e uma pequena modificação na extensão da rosca do canote. Foi construído um batente para limitar o ângulo de esterçamento do guidão (com o objetivo de não tocar o tanque e ficar com o ângulo de giro origi igualzinho ao da CR) para não atrapalhar a pilotagem . As mesas foram colocadas na íntegra, com rolamentos e bases gringas...
A balança da CR é mais estreita que a da tornado , o que exigiu o reposicionamento da mesma mais à esquerda da moto para que a corrente ficasse alinhada com o pinhão e coroa. Foram utilizados 4 rolamentos de tornado e tucho + parafuso de balança também. Fabricou se um tucho de tecnil para substituir aquela parte do motor da CR que fica no centro da balança e ainda fazer vedação da parte interna onde ficam os rolamentos.Para a adaptação dos rolamentos a balança foi embuchada com peças que fazem três trampo ao mesmo tempo...segurar os rolamentos e alinhar a balança na posição correta...mais à esquerda como dito antes e ser base para os guarda pó(da tornado). O chassi...não podia me esquecer...aquela travessa atrás do motor teve que ser cortada e foi feita uma curva para possibilitar a passagem da mola da CR , bem mais grossa e manter o ângulo do amortecedor como o da CR(várias medições e marcações e pré montagens)....rssss .... Devido à diferença das dimensões dos links, fabricamos novos suportes, tomando cuidado para manter os ângulos originais da importada, pois senão a suspensão não trabalharia com a mesma curva de força, ou seja dependendo da posição em que se coloca o link inferior em relação ao de "três pontas" e amortecedor, a suspensão pode iniciar mole e conforme o curso endurecer ou vice versa...na dúvida ao fazer este tipo de adaptação procure manter , pois pode até quebrar devido às tensões e forças envolvidas e os cálculos são complexos...imagine uma quebra dessa na entrada de uma mesa ou um duplão daqueles "animais" daqui da pista de São Simão???Para a fixação superior do amortecedor, foi construído um suporte em aço carbono 1020, que futuramente será substituído por um de duralumínio... Espero!!!
A roda dianteira foi usada a da toni, porém com o eixinho "humilde" da CR. A traseira é completa da Cr pois tem 32 raios, portanto os cubos são diferentes(toni x CR não dá) .O freio dianteiro teve que ser trocado o suporte para servir na bengala da CR e deslocado 2,5 mm para o lado direito. A pinça traseira veio de embrulho junto com a balança sem adaptações, porém o burrinho foi fixado ao quadro por uma chapa naqueles parafusos do suporte da pedaleira traseira direita. E o pedal de freio teve que ser reprojetado para o freio à disco, bem como a passagem da mangueira deve ser desviada do curso da balança e escape...só estudar um pouco...rsss
Amortecedores!@#$%¨&*( )_)(*&¨%$#@ !!!!!! Que trabalheira,!!!!!Pois a CR 125 pesando seus míseros 88KG contra a gordinha toni de cento e vinte e...muitos,... imagine!!! Tivemos que revalvular as suspensões, alta, média e baixa velocidade de"amortiguacion" dianteira e traseira, e por enquanto calçamos a mola dianteira para conseguir ajustar o SAG, no futuro molas de 250 cairão bem, ou seja, se tiver uma suspa de duque é bem mais fácil(fizemos com a 125 pela oportunidade de negociar uma moto conhecida que estava à venda aqui na cidade, com procedência e com boas revisões feitas sempre numa boa oficina... a Minha rssss.”
Bem estas são as explicações técnicas do preparador ... Vale a pena ressaltar que houve grande dedicação por parte do Maguila , do torneiro Sr. Jair. Agradecimentos também ao Renan e ao Robinho que auxiliou via fone algumas duvidas durante o processo.
As fotos da montagem da moto peço para meu amigo tops postar
“Atenção !!!! Não tentem fazer isso em casa!”
Olá amigos do FML!
Antes de tudo eu gostaria de expor o porquê da minha adaptação da minha Tornado. Eu precisava de uma moto multi uso que atendesse todos o requisitos do meu propósito: na qual eu pudesse fazer trilha , MotoCross e que fosse útil no meu dia a dia. Eu moro na fazenda e uso ela para verificar bebedouros, cercas , serviços de gradeação , formas de pasto , salgas de cocho , eventuais idas na cidade , etc...
:idea: Daí eu tinha algumas saídas, que eram as seguintes:
@comprar uma CR ou YZ 125 e continuar com a minha Tornado original. Porém neste caso eu teria um capital investido de $34.000,00 em motos e teria que continuar a fazer trilha de Tornado ;
@comprar uma CRF ou YZF 250, porém acho ela uma moto que tem o custo de manutenção muito alto para o tipo de serviço a ser efetuado . Já imaginou eu ter que pegar ela para ir à rua comprar um parafuso ou ter que entregar ela a um peão para fazer isso? Capital investido 24.000,00;
@continuar com a minha tornado original pulando apenas as rampas pequenas e passando por fora nos duplos, ( ai que mico!!!!) aqui na pista de São Simão...rsrsrsrs....
Surgiu a oportunidade! :twisted: Tinha um amigo vendendo uma CR 125 1991 de procedência. Era uma moto conhecida por nós há mais de dois anos. Eu considero que esta foi uma situação ímpar, pois precisávamos de quatro fatores ao mesmo tempo:
@ uma tornado semi nova;
@uma CR com suspensão boa que fosse velha o suficiente para ser desmanchada;
@um louco para estar disposto a gastar muita grana num projeto sem precedentes;
@um outro louco com conhecimentos de mecânica , e que seja piloto também e que tenha muuuita boa vontade, para encarar os problemas que virião, com certeza, no decorrer do projeto;
Segue abaixo as explicações técnicas redigidas pelo piloto e mecânico Adilson ( tetracampeão da Copa Triangulo MG e terceiro colocado por 2 anos na categoria pró no campeonato Goiano de motocross):
“ Em primeiro lugar, foi necessário adaptar uma base para o rolamento inferior da CR, pois o cano interno da mesa da CR é bem mais grosso (o motivo não precisa nem falar.). Detalhe para a instalação da base tivemos que fazer um gabarito para a perfeita centragem e uma pequena modificação na extensão da rosca do canote. Foi construído um batente para limitar o ângulo de esterçamento do guidão (com o objetivo de não tocar o tanque e ficar com o ângulo de giro origi igualzinho ao da CR) para não atrapalhar a pilotagem . As mesas foram colocadas na íntegra, com rolamentos e bases gringas...
A balança da CR é mais estreita que a da tornado , o que exigiu o reposicionamento da mesma mais à esquerda da moto para que a corrente ficasse alinhada com o pinhão e coroa. Foram utilizados 4 rolamentos de tornado e tucho + parafuso de balança também. Fabricou se um tucho de tecnil para substituir aquela parte do motor da CR que fica no centro da balança e ainda fazer vedação da parte interna onde ficam os rolamentos.Para a adaptação dos rolamentos a balança foi embuchada com peças que fazem três trampo ao mesmo tempo...segurar os rolamentos e alinhar a balança na posição correta...mais à esquerda como dito antes e ser base para os guarda pó(da tornado). O chassi...não podia me esquecer...aquela travessa atrás do motor teve que ser cortada e foi feita uma curva para possibilitar a passagem da mola da CR , bem mais grossa e manter o ângulo do amortecedor como o da CR(várias medições e marcações e pré montagens)....rssss .... Devido à diferença das dimensões dos links, fabricamos novos suportes, tomando cuidado para manter os ângulos originais da importada, pois senão a suspensão não trabalharia com a mesma curva de força, ou seja dependendo da posição em que se coloca o link inferior em relação ao de "três pontas" e amortecedor, a suspensão pode iniciar mole e conforme o curso endurecer ou vice versa...na dúvida ao fazer este tipo de adaptação procure manter , pois pode até quebrar devido às tensões e forças envolvidas e os cálculos são complexos...imagine uma quebra dessa na entrada de uma mesa ou um duplão daqueles "animais" daqui da pista de São Simão???Para a fixação superior do amortecedor, foi construído um suporte em aço carbono 1020, que futuramente será substituído por um de duralumínio... Espero!!!
A roda dianteira foi usada a da toni, porém com o eixinho "humilde" da CR. A traseira é completa da Cr pois tem 32 raios, portanto os cubos são diferentes(toni x CR não dá) .O freio dianteiro teve que ser trocado o suporte para servir na bengala da CR e deslocado 2,5 mm para o lado direito. A pinça traseira veio de embrulho junto com a balança sem adaptações, porém o burrinho foi fixado ao quadro por uma chapa naqueles parafusos do suporte da pedaleira traseira direita. E o pedal de freio teve que ser reprojetado para o freio à disco, bem como a passagem da mangueira deve ser desviada do curso da balança e escape...só estudar um pouco...rsss
Amortecedores!@#$%¨&*( )_)(*&¨%$#@ !!!!!! Que trabalheira,!!!!!Pois a CR 125 pesando seus míseros 88KG contra a gordinha toni de cento e vinte e...muitos,... imagine!!! Tivemos que revalvular as suspensões, alta, média e baixa velocidade de"amortiguacion" dianteira e traseira, e por enquanto calçamos a mola dianteira para conseguir ajustar o SAG, no futuro molas de 250 cairão bem, ou seja, se tiver uma suspa de duque é bem mais fácil(fizemos com a 125 pela oportunidade de negociar uma moto conhecida que estava à venda aqui na cidade, com procedência e com boas revisões feitas sempre numa boa oficina... a Minha rssss.”
Bem estas são as explicações técnicas do preparador ... Vale a pena ressaltar que houve grande dedicação por parte do Maguila , do torneiro Sr. Jair. Agradecimentos também ao Renan e ao Robinho que auxiliou via fone algumas duvidas durante o processo.
As fotos da montagem da moto peço para meu amigo tops postar
“Atenção !!!! Não tentem fazer isso em casa!”
