Manutenção
(Exemplo: Honda CRF450R de 2005)
Manutenção: (após cada saída)
1º - Lavagem: Antes de lavar: Tapar o tubo de escape e entradas de ar para a caixa de filtro de ar com panos os sacos de plástico.
NOTA: Se levarem nas maquinas de alta pressão (ex: Elefantes azuis) podem lavar com a mota quente pois essas maquinas lavam com agua quente, mas se lavarem com em casa deixem arrefecer um pouco a mota.
2º - Lavar a mota com água e não utilizar detergentes ou líquidos muito abrasivos (somente quando for necessário)
3º - Ter em atenção não mandar agua muito directa (10cm) na zona dos eixos, zona da caixa de direcção e parte eléctrica (CDI, etc.); Lavar com mais intensidade a zona das bainhas, motor, transmissão, discos e toda a zona que esteja muito suja.
4º - Retirar panos do buracos, secar a mota com pano seco e ligar a mota e deixar aquecer um pouco 2 minutos (máximo);
5º - Lubrificação: Lubrificar com (ex: WD40) todos os pivots (suspensão traseira, pedal do travão traseiro, pedal de mudanças), pulverizar todo o carburador, manetes (cabos) e mecanismos que mexam;
6º - Óleo de corrente: Como normalmente a mota fica parada durante a semana, lubrificar muito bem a corrente.
7º - Verificação: Retirar o ar em excesso da suspensão dianteira (parafuso de chave de fendas por cima da afinação da suspensão), muito importante para não danificar os retentores da suspensão;
8º - Verificar os raios das rodas e apertar se necessário.
9º - Verificar algum parafuso está desapertado ou afinação a fazer, se necessário
NOTA: Devido a vibração pelo facto de ser uma mota a 4 tempos os parafusos desapertam com regularidade.
10º - Verificar se a corrente esta solta ou não. Por vezes só senti-mos quando andamos em baixas e ouvimos muito estalos vindos da zona da corrente/pinhão de ataque. Afinar consoante o manual. Dica: A corrente deve mexer ligeiramente quando vocês estiverem em cima dela entre 1 e 2 cm, não mais.
11º - Níveis:
Verificar sempre o nível do óleo pois esta mota consome um pouco de óleo. O óleo deve estar sempre a ¾ no óculo e a verificação a faz-se: Ligara a mota, deixar aquecer 2 a 5 minutos e desligar. Esperar 2 a 3 minutos após de desligar e ver o óculo. No lado da caixa vê da mesma maneira mas retirar-se o parafuso. Se escorrer para fora e pingar esta demais, se aparecer lentamente no buraco esta no ponto, se não aparecer nada têm falta de óleo.
Este óleo normalmente não se gasta.
12º - Nível do liquido de refrigereção: Verificar cada vez que se anda. As motas a 4 tempos aquecem muito rapidamente logo gasta um pouco de liquido.
NOTA: Quando se anda de mota ao parar desligar logo a mota. Nunca deixar ao relantim.
13º - Filtro de ar: Muito importante nas CRF´s pois é a principal causa para estragar as válvulas de admissão.
14º - Limpar caixa com pano com o filtro ainda colocado, tentar limpar o máximo.
15º - Retirar o filtro e colocar um pano limpo dentro da caixa para que não entre nenhuma poeira
16º - Separar o filtro (esponja) da rede metálica, Lavar com produto próprio ou FAIR (detergente da loiça) e água morna. Passar várias águas até ficar limpo.
Não lavar com gasolina.
17º - Deixar secar o filtro ao ar.
18º - Colocar o filtro na rede metálica e colocar o óleo próprio para filtros. Existe em spray e liquido: spray é fácil é somente pulverizar o filtro e colocar; Liquido: 1º - colocar o liquido num saco de plástico e espalhar pelo mesmo, 2º - colocar o filtro com a esponja para baixo e esfregar o liquido dentro do saco com o filtro e mexer com os dedos a modo a ficar em todo o filtro. Desta maneira não nos sujamos muito. É a técnica do saco. Existe outras maneiras.
19º - Deixar secar durante 5 minutos até ficar pegajoso, retirar o pano dentro da entrada do filtro e colocar na mota.
NOTA: No Inverno não é necessário passar óleo do filtro (spray ou WD40) na caixa, mas no verão sim devido ao pó.
DICA: Eu uso 2 filtros para um estar na mota e outro estar a lavar. Assim existe a possibilidade de poder andar dois dias seguidos.
Manutenção periódica: mais rigorosa.
Revisão:
Óleo: 4 em 4 meses (ou menos ou mais dependo quanto tempo se anda)
Mudança de óleo do motor e de caixa (e filtro de óleo).
Por ideal é mudar o óleo do motor em períodos mais curtos (2 em 2 meses) e o óleo da caixa 2 em 2 vezes, tal como o filtro do óleo, ou seja exemplo na primeira revisão mudar só o óleo do motor, na segunda revisão muda-se o óleo do motor e de caixa e filtro (uma vez sim outra não)
Válvulas:
Afinar todos os anos 10 a 12 meses de intervalo.
Sintomas de mau funcionamento das válvulas: Custar a pegar a quente e o “relantim” inconstante a oscilar, com picos altos e baixos, mesmo carregando no ar quente.
A mota a quente por vezes é necessário carregar na manete pequena (ar quente) para ligar.
Piston:
Deverá ser mudado todos os anos mas depende da quantidade de horas que uma pessoa utiliza a mota mas penso que para um utilizador amador pode se mudar ano e meio em ano e meio.
NOTA: a mota perde potência mas não dá para perceber, logo não dá para perceber quando necessita de piston.
Lubrificar:
Pivots de suspensão (uma vez ao ano) e todos os mecanismos que tenham pivots.
Suspensão: Quando necessário ou ficar muito perra ou dura.
Velas: Esta mota tem velas de Iridium logo não necessita, dura uma vida. Se falhar muito poderá ser da vela mas pouco provável.
Conclusão:
Esta é a manutenção que faço na minha mota. Foi uma compilação de varias opiniões de amigos que percebem mais do que eu de mota de motocross. Faz parte de ir dar uma volta o processo de lavagem e manutenção. Não é só andar mas também manter.
Conselho:
Comprem protecções de quadro, de cárter e radiador pois mais vale comprar uma protecção do que gastar o triplo ou o quádruplo no arranjo. Usem sempre protecções para andar de mota e não inventem a andar de mota pois podem se magoar a sério.
Aprendam com o pessoal mais experiente e perguntem como se faz e não façam por vocês, podem se dar mal.
E já agora curtam á grande.
NOTA: Estas motas têm um desgaste muito grande e são muito sensíveis, logo a manutenção tem de ser rigorosa, para que quando uma pessoa quiser andar a mota esteja operacional. Por isso não deixem a mota chegar a um ponto de não retorno.
Nuno Nóbrega – N2
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